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Segundo a revista alemã "Manager Magazin", a Volkswagen atualmente tem um enorme problema com o ID.3. Porque a produção na fábrica de Zwickau, que acaba de ser convertida em mobilidade eletrônica, começou, mas o software do ID.3 ainda não está pronto.

Segundo a revista, os primeiros 20.000 veículos produzidos sairão da linha de montagem "estúpidos" - ou sem software de controle, ou apenas com uma versão rudimentar de software. Os veículos estão programados para chegar aos clientes no meio do ano de 2020 e ficarão parados em vagas de estacionamento alugadas pelo maior tempo possível. Ainda no primeiro semestre de 2020, as equipes de serviço móvel deverão equipar os primeiros veículos com o software final, e o restante do ID.3 pré-produzido será atualizado a partir de maio.

De acordo com o "Manager Magazin", a versão final do software não apenas garante que os carros "funcionem" conforme o projetado, mas também é a base para garantir que o novo ID.3 seja atualizado "over the air", assim como um telefone celular. Enquanto isso, a Volkswagen confirmou oficialmente que o software final do ID.3 não será instalado até que seja concluído. Essa é uma prática comum. No entanto, não na medida suspeita do "Manager Magazin": o número de veículos produzidos por dia ainda está na faixa de um dígito, 20.000 carros em estoque são absurdos e muito caros.

Parece plausível. Seria necessário uma área maior que 25 campos de futebol para estacionar tantos veículos. A Volkswagen não deseja confirmar os problemas com o ID.3 descrito por "Manager Magazin", apenas se refere a isso como "desafios usuais" ao lançar um novo veículo.

O lançamento do ID.3 será desafiador. Porque a Volkswagen quase não deixou pedra sobre pedra quando se trata de hardware e software para seu primeiro carro elétrico de larga escala. O modelo conta com 70 unidades de controle - que são pequenos computadores. Com software próprio, que ativa toda vez que o veículo arranca e desliga quando está estacionado. Se um desses mini computadores tropeçar, o carro não vai mais andar no pior caso. E no caso de um modelo usado, pode chegar a valer zero, pois as peças de reposição são muito caras.

Em vista da gama cada vez maior de funções nos carros modernos, eles se parecem cada vez mais com computadores rolantes. Parece plausível que a distribuição descentralizada de cada vez mais dispositivos de controle e sua comunicação através de um sistema de barramento não seja mais a coisa certa a se fazer. Mas mudar para um sistema como o novo ID.3 é complexo e envolve riscos. A principal razão é que a maioria dos fabricantes de automóveis ainda tem pouca experiência como produtora de software.

Mas, como sempre, a gigante Volkswagen está acenando para o maior número de unidades e o correspondente potencial de economia. E possivelmente um novo modelo de negócios com fonte de receita: software da VW também para outros fabricantes de automóveis.

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